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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

FAMÍLIA DO JOÃO


2009 - COMO EU CONHECI JOÃO? Bem tudo começou...

Estava eu certo dia descendo da aldeia em cima de uma bicicleta velha, toda hora tinha que parar para recolocar a corrente. E foi numa dessas paradas que eu conheci Ailton. Confesso que nunca soube seu nome de verdade, pois sempre que eu pergunto seu nome ele sempre me diz um diferente a cada dia. Mas Ailton é irmão de João. O tempo estava meio pra chuva e como eu já estava perto da pista (Rio – Santos) propus levar ele até onde minhas pernas permitissem. No caminho lhe falei do que eu estava com vontade de fazer. (Falei sobre meu projeto). Mas ele não se mostrou muito interessado. Mas me disse que seu irmão o João estava construindo uma casa, que está ainda estava no madeiramento do telhado, e que possivelmente ele podia aceitar o que eu tinha a oferecer. Minha história é o seguinte. Eu fiz um projeto, um esboço na verdade, e fui por varias vezes na aldeia e mostrei a alguns, mas eles não entendiam bem o que viam. Daí pensei: Caramba vou ter que fazer algo tamanho natural pra que eles entendam. Eu só teria que encontrar alguém disposto a colaborar, pois eu estava trazendo uma ideia e a outra parte ia ter responsabilidades também, tipo peneirar terra, carregar areia, quebrar pedras etc. Não encontrei ninguém a fim de colaborar com algo que era para o bem de todos. Deixei Ailton na entrada do bar, dali ele viraria à direita e já começaria a subir a montanha. Prometi procurar ele no dia seguinte na aldeia. E assim foi.

Pela manhã já na aldeia procurei João no Posto de Saúde e lá conversei com ele. Ele a principio não entendeu muito bem, nem conhecia o tal tijolo. Levou-me até sua casa para mostrar o que estava fazendo. Quando cheguei lá, pude ver que ele já estava com o madeiramento do telhado pronto, mas confesso que tudo estava errado. Tinha madeira que estava numa ponta com uma medida e na outra ponta com outra medida, e ele ia colocar telha de amianto, o que seria inviável. Fui bem franco com ele e disse que tudo estava errado. Ele me olhou com cara de assustado, afinal a gente nem se conhecia e de sopetão falo isso! Perguntei quem foi que fez o telhado e ele disse que foi seu irmão. Continuei afirmando que estava errado, mas deixei esse detalhe de lado por enquanto e fui mostrar meu projeto. Cortei alguns pedaços de bambu em partes pequenas e montei um telhado em miniatura ali mesmo pra ele e ele então viu que realmente estava eu com razão. Prometi então que se ele me ajudasse a realizar meu projeto que eu pessoalmente desmanchava o telhado e eu mesmo o faria novamente pra ele, claro que com a ajuda dele. De cara ele aceitou. Mas no dia seguinte quando eu comecei a derrubar o telhado estavam ali seus irmãos e um monte de curiosos. Uns claro indignados por eu estar desfazendo aquilo que fizeram, mas o que posso fazer se estava feito deforma errada. As madeiras eram roliças e não tinham um padrão. Umas grossas, outras finas, o telhado ia ficar todo torto. Segui em frente com meu trabalho.


EU E JOÃO DEPOIS DE UM LOGO DIA DE TRABALHO. EU NÃO CONSEGUI TIRAR FOTO DA ESPOSA DO JOÃO "MARISA," SEMPRE FUGIA DA MÁQUINA FOTOGRAFICA.


TIRAR ESSA FOTO NÃO FOI FÁCIL, POIS MARISA NÃO QUIS DE JEITO NENHUM, MAS DEPOIS DE MUITO INSISTIR, AFINAL FALTAVA ELA NAS FOTOS, O RESULTADO FICOU ÓTIMO.




OLHA O ZÉ BUNDINHA, AINDA UM BEBÊ.


MUITO FOFO.


VANESSA COMO SEMPRE TÍMIDA.


IGOR




RAFAELA BEM NOVINHA.


















VANESSA

Vanessa e Beatriz



BEATRIZ

O que me espanta em Beatriz é o fato de ela ter, segundo João seu pai diz, um aparelho no coração. Desde que a conheci sempre a vejo correndo e fazendo coisas normais que uma criança faz, o que é contrário de acordo com o que foi dito pelos médicos ao João. Beatriz é muito extrovertida, alegre e de uma espontaneidade incrível. Claro que como qualquer índio ou índia, leva-se um tempo pra ganhar sua confiança.





RAFAELA

























Raphaela ou Rafaela. Eu amo essa indiazinha, tenho-a como minha filha e faço tudo por ela, nesse vídeo há dois tempos e como esse tempo passa rápido. Em Junho de 2010 era só um bebê e em Dezembro já está uma mocinha. Eu amo muito essa pessoinha.





sábado, 29 de dezembro de 2012

IGOR


Nosso primeiro contato


Igor já é mais reservado, na dele. Fica sempre de longe só olhando, mas quando sente confiante se aproxima e entra na brincadeira que sempre faço com as crianças, seu forte é futebol, certa vez fiz para eles um campo de futebol o que foi só alegria.


Festa da Aldeia 2009.













Raphaela, Igor e o tio Lino (Pesinho)






domingo, 7 de novembro de 2010

ZÉ BUNDINHA


Zé sempre foi meu amigo. No início era meio bicho do mato, dia vinha e apertava minha mão, dia não. Mas um dia eu coloquei um pouco de café em seu copo, esfriei e lhe dei, pensei que estava bom, mas pra ele não, então pedi que provasse, mas por barreira de língua ele em vez de provar, bebeu. Foi o fim de nossa amizade. Pra ele o café ainda estava quente e pronto, por um longo tempo Zé só me olhava de longe. Não chegava mais perto de mim. As crianças vinham, mas ele ficava de longe. Certa vez comprei bala para as crianças e coloquei em saquinhos para dar a cada um. Todas vinham pegar em minha mão e nada do Zé dar o primeiro passo. Até estendi a mão com o saquinho de bala, mas nada do Zé se achegar. Um dia estava eu sentado no chão com a cabeça entre as pernas, foi quando senti alguém passando a mão na minha cabeça, era ele. Desde esse dia nunca mais nos separamos. Quando estou na aldeia ele não desgruda de perto de mim, sempre estou parando meu trabalho para dar atenção a ele. Brincamos no monte de terra. Fazem de mim gato e sapato, mas não ligo, é tudo festa.








































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